quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Oi de novo.

É engraçado ver que apesar dos rumos improváveis que a vida toma esse blog continua presente. Atualizado ou não ele ainda está em mim.

Quando eu leio os posts eu confirmo que os momentos mais felizes da minha vida foram precisamente aqueles em que eu estava magra e principalmente emagrecendo.

A gente pode ser empoderada o quanto quiser, mas se a doença te infecta ela provavelmente vai continuar ali a vida toda, como um hospedeiro.

Os últimos meses tem sido esquisitos. Já faz 6 meses que estou em Curitiba e recentemente sinto que a vida parou. Na verdade, o que parou foi o meu peso, que admito até cresceu um pouco de uns tempos para cá.

Mas 2017 foi feliz. Em 2017 eu emagreci!

E quero emagrecer ainda mais, porque quando eu paro, é a pior dor possível.

Nesse primeiro post (um dos mais otimistas da história do blog) quero iniciar um desafio de 21 dias. O objetivo é emagrecer 5 kgs. Vai ser difícil ter certeza porque eu joguei minha balança fora (só tava piorando) então vou exclusivamente me basear em resultados visíveis. Amanhã no final do dia vou tirar uma foto com uma calça cintura alta que costuma apertar e na próxima quinta eu posto um antes e depois. É fundamental que nessa primeira semana tudo funcione porque eu preciso no mínimo emagrecer 2kgs nesses primeiros 7 dias.

Como tudo relativo ao meu bem estar emocional influencia muito na dieta vou continuar atualizando cada pormenor do meu dia-a-dia para vocês. Desculpa se alguém achar massivo.

Enfim, agora vou finalmente chegar na parte interessante que são as etapas e regras da dieta. Para quem não sabe, eu sou vegana e estou me baseando num canal do youtube que eu não vou linkar porque não quero associá-los à um discurso pró-ana. De qualquer forma os dois pilares básicos são jejum intermitente e dieta livre de refinados ou industrializados. Nesse canal também é defendido o consumo de alimentos 100% vegetais (folhas, grãos, raízes, nozes, frutas, etc)

Por muitos anos eu evitei frutas muito calóricas (tipo banana e manga) e substituía tudo por adoçantes artificiais. Até hoje eu tenho uma relação de dependência afetiva e emocional com Coca-Cola Zero - eu tomo quando tô nervosa, às vezes dois litros em menos de 4 horas. O problema é que mesmo não contendo calorias ela simula o açúcar, engana teu cérebro e você fica com desejo por doce. Quem nunca comprou Coca Zero e uma balinha junto? O sabor fica muito melhor. Além disso, ele afeta o funcionamento do seu organismo, pois é lixo, te deixa com inflamação e inxado de sódio.

Então, nessa dieta eu vou cortar de vez todo açúcar inclusive os meus amados artificiais. No geral, será o seguinte:

- Academia 6x por semana, com 1:10 de aeróbico (30 minutos de esteira sem correr, 20 de transfer, 20 de bicicleta)
- Jejum intermitente na escala 14x10 (14 horas de jejum e 10 podendo comer)
- Serão duas refeições em pratos PEQUENOS de salada crua, raíz cozida + grãos
- + 4 porções de fruta.
- NENHUMA bebica alcoólica, nem açúcar, nem pães.

Enfim, dieta SUPER moderada, bem fácil de seguir. O desafio na real é me manter firme nos 21 dias.
Tenho certeza que com a ajuda do blog irei conseguir.
Saudades dessa sensação.

Um beijo para todas vocês e muita estabilidade para alcançar os objetivos

sábado, 7 de maio de 2016

Hoje eu sei que não vou conseguir dormir e preciso me perdoar por isso. De nada adianta querer produzir qualquer coisa fritando nesse nível.

Qual o objetivo em me martirizar lendo  autores mais talentosos que eu?
Qual o intuinto em assistir qualquer coisa que irá apenas contribuir com a minha depressão?
De nada adianta também gastar o meu último suprimento de cocaína fazendo testes imbecis na internet.
Ouvindo músicas que já conheço e nada me satisfazem.
Nem me masturbar eu consigo, por Deus.
A grande sacada é que eu não consigo sair dessa cadeira porque estou postergando me olhar no espelho. Tem um espelho bem atrás do computador e por alguma paranóia sem fundamento estou com medo de encará-lo.
Obviamente há a opção de simplesmente fechar os meus olhos, mas um viciado está sempre enaltecendo seus próprios delírios. Provavelmente algum som me fará abrí-los no susto. Se não isso, algum pânico imprevisível irá acometer meu pobre coração arrítmico.
Qualquer estratégia está fadada ao fracasso, estou resignada a me entediar enquanto a sobriedade não chega. 
Escrever esse texto preguiçoso é a minha última tentativa de entretenimento.
Eu lembro quando eram 21:00, agora já são 05:00.
As teclas escorregam dos meus dedos numa textura emborrachada. Todo meu tato tem a sensação de cãimbra. 

Meus pensamentos fogem de qualquer sofisticação enquanto minha capacidade de digitar não acompanha o intelecto entorpecido. Juro que essa frase (e provavelmente todas as anteriores e as que estão por vir) eram melhores na sua concepção original.

É bom registrar que esse não é meu modus operandi. Eu não costumava me drogar em casa, muito menos sozinha. Não uso pó como rotina. It's not my drug of choice.
E nem teria como, essa é um vício de playboy.
Enquanto eu desperdiço minutos do meu dia comparando o preço da Coca-Zero nos diferentes mercados da região, eu não consigo bancar o estilo de vida de um cocaínomo. 
Eu sinto as estrias na minha coxa, deslizo até a parte mais erógena que elas alcançam. Estou a centimetros da minha buceta, mas não consigo me masturbar. É uma merda de uma maldição. Eu sou um junkie cheio de tesão, daqueles com calça de vinyl e que há 10 anos provavelmente ostentava uma blusa do Strokes. Aquele junkie riquinho que passa a festa inteira no sofá falando frases assertivas que transintam entre a subversão e a pretensão. Eu sou aquele junkie que você quer muito que te coma de uma forma esquisita, com uma violência desengonçada, mas quando você finalmente me leva ao banheiro eu broxo. Você tá cheia de vontade, louca para dar e meu pau tá mole. 
Eu sou as últimas três linhas brancas porcamente enfileiradas na mesa de vidro preta. Eu sou um contraste lindo entre uma droga barata e um móvel de segunda mão.
Eu sou uma sexta-feira desperdiçada, uma cópia literária do Chuck Palahniuk, uma pesquisa no google, um sobrenome ucraniano.
O cartão de crédito, a nota argentina. 
Eu sou meu terceiro dia sem consumir uma única caloria, 67 horas desperta e uma desidratação eminente. 
Old habits die hard. E retornam com força!

Cocaina, o retorno aos 76 kgs e a paranóia constante em me sentir rejeitada.

Hoje eu tive um surto de insegurança. Eu to apaixonada, amando mesmo, apesar de estar longe de qualquer possibilidade de relacionamento. Eu tendo a só me permitir alimentar esse tipo de sentimento por pessoas capazes de retribuir, mas nesse caso eu abri uma exceção. Honestamente é o amor mais autruísta que já senti.

Porém eu to com muito medo de algo ter mudado nos últimos meses em que estive viajando. Eu também engordei um bocado nessa viagem e não estou nada satisfeita com o meu corpo.

Eu amo cocaína.

Eu quero emagrecer e eu sei que dessa vez sou capaz. Eu to sem fome, com um vício que reduz o apetite e com desejos obsessivos.

Uma obsessão empoderadora.

Hoje eu sei que não vou conseguir dormir e preciso me perdoar por isso. De nada adianta querer produzir qualquer coisa fritando nesse nível. Tudo é gatilho. Se apegue a suas zonas de conforto. Músicas antigas, blogs antigos.

Quanto mais você fica acordada sem ingerir 1 caloria, menos quinta-feira se torna assustadora.




sábado, 7 de fevereiro de 2015

Larica, laxantes e um fio de esperança.

Bem, ontem comi que nem um boi.

É difícil a transição do "Odiar o seu corpo e compensar com comida" pro "Odiar o seu corpo e compensar passando fome."

De qualquer forma, passei quase o começo do dia inteiro sem comer. Hoje fui com a Roberta (minha flatmate) no bar acompanhá-la pro almoço. Até agora só comi o resto do arroz com feijão + salada de tomate com alface.

Minha faxineira acidentalmente comeu o último brownie de maconha (SIM, HAHA. Fiquei desesperada!). De certa forma isso é bom porque me poupa de uma larica.

Agora to me enchendo de Coca Zero enquanto espero o ponteiro passar. Essa semana foi muito difícil e pretendo enterrá-la logo.

> Próximo dia 6 eu me peso. Em um mês vou ver 66kgs na balança (desde Junho não presencio isso)

Amanhã retorno a academia e farei minha série inteira + 1 hora de esteira. Não vou almoçar e passo direto no RPG com um sanduíche do Subway (frango) na bolsa. Lá com certeza teremos biscoito de novo, mas vou recusar tudo com a desculpa de "tenho um sanduíche". Quando der umas 20hrs eu o abro. Será minha única refeição.

Hoje vou tomar os laxantes e NF. A Roberta não volta pra casa, então fica mais fácil de não comer (nem beber e nem fumar)

Considerando que eu comecei meu NF agora (18:20) vou ter mais de 24 com o estomago vazio se conseguir manter o plano em voga.

Wish me luck, girls! Um beijo em todas.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Apaixonada.
Sedada.
Mutilada.

(volte para o início)

Sobre ciclos e o meu retorno

Fazem 5 anos. Eu tinha 16  quando resolvi ingressar no universo pró-Ana. Uma iniciativa forçada, pois a doença não se manifestava em mim. Só uma vontade incontrolável de me livrar daquele casulo gordo, horroroso, que (ao menos na minha cabeça) impedia que eu vivesse a vida de forma plena.

Na época eu acreditava sempre ter convivido com a aparência "gordinha". Mentira, o sobrepeso só apareceu quando meu pai faleceu e a depressão veio com força total. Sim, depressão. Diagnóstico dado, e por anos rejeitado.

Na época eu era virgem, tinha me apaixonado diversas vezes sem nunca sair do platônico. Hoje já tenho um casamento no currículo, algumas traições na consciência e  "conquistas" de causar inveja. :P

Eu lutava pra sair do 77, alcancei o 74 com sofrimento, tive meu ponto mais drástico no 80. Emagreci espontaneamente em 1 ano, perdi mais de 10 kgs e em 2012 cheguei aos 62, sem dieta ou planejamento algum.

Agora em 2015 retorno a engordar num ritmo que me assusta. Estou com 69 kgs e tem mais de 1 mês que luto contra isso. Minha auto-estima está péssima, trabalhei muito mal durante Janeiro e parece que não tenho condições de melhorar "sozinha".

E é nessa hora que eu busco a Ana.

Passos curtos, porém ansiosos. "Foda-se o discurso de saúde!" - eu quero é resultados.


Pontualmente posso definir:

( ) Estou lidando com um término recente. Foram 3 anos de relacionamento, quase 4, e atualmente nós nem nos falamos. Moramos  juntos durante 1 ano, e nesse  tempo minha auto-estima foi radicalmente afetada. Foi quando (re)comecei a engordar, meu peito ficou flácido e atualmente estou com o cabelo curtíssimo. Minha líbido também foi pro saco.

( ) Atualmente não ando trepando com ninguém, mas de vez aparecem uns pokemons que mexem com meu psicológico. Infelizmente não tenho coragem de ~flertar~ com ninguém agora, estou muito insegura.

( ) Trabalho com algo que amo e me permite o home-office. Atualmente meu desempenho pode ser definido como péssimo, infelizmente.

( ) Moro com uma amiga que também é meio "pró-Ana". Ela provavelmente não sabe, mas tá visivelmente desenvolvendo algum transtorno alimentar.

( ) Jogo RPG nos domingos, fumo maconha regularmente (ou seja, larica) e bebo bastante. Meus "vícios" são parte fundamental da minha rotina.

( ) To com uma dificuldade sinistra em me concentrar. Começo o dia cheia de planos e mal consigo deslogar do facebook. A real é que sou uma pessoa muito carente e com necessidade de aprovação e as ~redes sociais~acabam me consumindo. Aquela velha história do escapismo.

( ) Viajo para Berlin em Abril e em Setembro tenho uma mamoplastia agendada. Minhas metas rodam, principalmente, entorno desses 2 eventos.

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Bem, peço desculpas pela verborragia.  Queria retomar com todas as cartas sob a mesa. Desculpa pelo excesso de intimidade, provavelmente. Comporto-me assim, pois desejo que possamos agir todas como irmãs, evitando constrangimentos e represarias.

Um forte abraço e força.

Cena do filme "O Casamento de Rachel"

terça-feira, 18 de maio de 2010


Hoje eu comi um pastel de forno integral de beringela e tomate seco + coca-zero +picolé de morango + sanduiche natural de atum, peito de peru, cenoura, alface, tomate e batata palha + meia pipoca de microondas + yogoberry de chá verde (228,8 cal)

acho que tá bom.